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Enredo A Majestade do Samba e o Reizinho de Madureira, orgulhosamente apresentam: Num Conto de areia do bumbum paticumbum, prugurundum… quem tem padrinhos não morre pagão.
Justificativa do Enredo
Amar incondicionalmente um ser gerado dentro do seu coração, receber a confiança dos pais para cuidar do seu filho, como se fosse seu.
Enaltecer essas figuras tão presentes e muitas vezes tão distantes, ausentes em nossas vidas é a missão da grêmio recreativo escola de samba Império de Petrópolis no carnaval 2022.
Figura histórica e bíblica, os padrinhos tem um papel fundamental na vida de seus afilhados, a eles se confia uma responsabilidade verdadeiramente valiosa e importante. Muitas vezes, no mundo moderno, perdemos de vista o verdadeiro valor desse papel.
Quando os pais de um filho recém-nascido escolhem para ele o padrinho ou a madrinha do batismo, devem ter em mente que, além da relação de amizade que os vincula a essa pessoa, é necessário que seja alguém que tenha os requisitos necessários para apoiar o seu filho para toda a vida.
Porque é isso que devem fazer, ou seja, andar ao lado, oferecendo-lhes apoio e um modelo de vida que possa inspirá-los e ajudá-los em todos os momentos.
A relação afilhados e padrinhos, marca não apenas a vida de pessoas mas também em demais cenários, como por exemplo o samba, sim o samba também possui essa relação de apadrinhamento entre as agremiações e essa relação de afetividade já vem de longa data, poderíamos dizer que Tia Ciata não é apenas a grande matriarca do samba mais uma das grandes madrinhas também.
É através dessa linha de raciocínio que a grêmio recreativo escola de samba Império de Petrópolis entende a relevância de seu tema enredo para 2022, apresentar na avenida Intendente Magalhães a importância desses na sua própria formação e no seu caminhar e principalmente mostrar sua gratidão a quem não apenas a batizaram mais também a influenciaram.
Sinopse
O milagre de amar como filho uma criança que não veio do seu ventre, mas sim do seu coração…
Foi num sonho que veio a inspiração, foi num sonho que eu nasci, cresci, vivi, foi num sonho que conheci meu dindo e minha dinda, foi num sonho que sonhei…
Nascer, viver, caminhar … foi assim que minha vida se iniciou e iniciei meu caminhar, mas como caminhar, tão novo, tão frágil, quem vai me guiar, me ensinar?
Padrinho, madrinha, me ajudam a caminhar, me ensinam a respeitar, me guiam na vida, me consolam na queda e comemoram comigo na vitória.
No início, são beijos e carinhos, depois orientações e proteção a quem se ama, querem proteger e estar sempre presentes…
Eles são super-heróis? São fadas Madrinhas?
Não sei ao certo, mas hoje entre um olhar e pensamento os imagino, me dando as mãos e guiando minhas vitórias e me consolando quando precisar.
Imagino que foram chamados a uma responsabilidade verdadeiramente valiosa e importante, meus pais escolheram pensando que, além da relação de amizade que os unem, eles possuem os requisitos necessários para me apoiar para toda a vida.
Mas esses apadrinhamentos também ocorrem no samba, você sabia?
Personalidades também batizam outras personalidades…não é isso madrinha Beth Carvalho, que tantos sambistas foram batizados por ela…
Escola madrinha é aquela que, pela tradição carnavalesca, “batiza” uma agremiação mais nova; num ritual que remonta aos primeiros carnavais, quando entidades que participavam das festas em nome do “Deus Momo” tinham seus símbolos (estandartes e bandeiras) sacramentados em rituais solenes. “Pagãos” em sua criação, por isso a necessidade do ritual. As sociedades carnavalescas, blocos carnavalescos, ranchos, choros e cordões carnavalescos eram considerados pagãos.
Mas como tudo também pode acabar em samba, vem de longe a tradição do batismo as escolas de samba, que segundo a tradição devem ser “submetidas ao ritual solene do batismo, assim como ocorre na igreja, para que possam adentrar a passarela do asfalto, em pleno carnaval, devidamente sacramentadas.
As novas escolas de samba são batizadas através de seus símbolos pelos padrinhos ou madrinhas, que podem ser pessoas físicas ou entidades mais antigas.
No caso das escolas de samba, essas são representadas por seus respectivos presidentes, nesse ritual, a porta-bandeira da escola pagã, acompanhada pelo seu mestre-sala, carrega o pavilhão oficial para o sacramento. A escola madrinha
representada pelo presidente da agremiação, acompanhado pelo mestre-sala e a
porta-bandeira que carregará o pavilhão oficial da agremiação.
E nesse singelo ritual nasce uma nova escola de samba, e como não vibrar com aqueles que lhe proporcionaram o caminhar, como não homenagear a quem lhe ensinou a caminhar…caminhei…
Como é bom cantar também para nossos padrinhos e madrinhas, eu quero cantar para eles um dia…
Foi assim em 1972, o Salgueiro homenageou sua querida madrinha Mangueira, foi lindo…
“…O batizado será lembrado
Pelo Salgueiro de agora,
Alo Laurindo, alo Viola,
Alo Mangueira de Cartola.
Tengo-Tengo
Santo Antônio, Chalé,
Minha gente,
É muito samba no pé!…”
Mas os meus padrinhos são cuidadosos com seus afilhados, eu sei que tenho alguns “irmãos de batismo” que ganharam o mundo, o meu padrinho batizou a grande campeã do especial da década de 90, a rainha de Ramos e a minha madrinha, essa me deu vários irmãos de batismo como a deusa da passarela a sapeca de Pilares a rainha das terras de Araribóia a princesa de Noel e uma que atravessa o mar para desaguar na passarela.
“…Obrigado madrinha Portela
Que me ajudou a caminhar
(Caminhei)
E onde andei
Pelos caminhos meu nome deixei…”
E sempre sonhador e sendo guiado pelo meu padrinho, O Reizinho de Madureira (Império Serrano) e minha querida madrinha a Majestade do Samba (Portela) é que eu Império de Petrópolis, a mais nova a desfilar na passarela da Intendente Magalhães, venho apresentar meu carnaval, eu tenho padrinhos eu sou de Petrópolis eu sou imperial.
Quem tem padrinhos nunca morre pagão.
Comissão de Carnaval
Alexandre Gonçalves
Pauline Abreu
Silvia Trotta
Uilber Guarinho
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