Ouça os 9 sambas concorrentes do G. R. C. E. S. Vicente de Carvalho para 2021. A agremiação irá apresentar o enredo “LUNDA SEMBA: A VOZ DO MORRO AGONIZA, MAS NÃO MORRE”, do Carnavalesco Vinícius Osaiyn.
A disputa de samba começará no dia 11/10, quadra da agremiação que fica na Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 5309, Vicente de Carvalho, Rio de Janeiro.
Samba 2
Compositores: Robinho Lins, Márcio Oliveira, Marcelo Marrom, Gylnei Bueno, Nino Cabuís.
Preta herança ancestral / Venceu a calunga em navios tumbeiros
No berço do Canavial / De semba se fez samba
Quilombola brasileiro / No horizonte a luz da libertação
O preto forro resistiu ganhou o chão / E um canto forte
Ecoou no fundo de quintal / Pequena África quilombo cultural
NO RUFAR DO ATABAQUE O IJEXÁ / A MÃE DE SANTO CULTUAVA O ORIXÁ
CHORINHO, LUNDU, JOGO, CAPOEIRA / E QUITUTES PRA AGUÇAR O PALADAR
E assim o samba evolui com tempo / Sobrevive ao “embranquecimento”
“Deixa Falar” o que quiser / Normalista reduto do estivador sambista
Virou escola foi turista e marginal de “Opinião”
É a Vicente de Carvalho a decantar / Lunda Semba a Voz do Morro
Que jamais vai se calar
NEGA LUNDA ANUNCIOU… KIZOMBA / NO BATUQUE DO TAMBOR… MAHAMBA
NUM RITUAL DE INICIAÇÃO / MUKANDA UKELE CAI NO SAMBA
Samba 3
Compositores: Marcelinho, Meia-Noite, Alexandre Guerra, Gonzaguinha, Wagner Zanco, Martinello, Soneca.
O som da batucada vem da África / Oh Mãe África, berço, sonoridade
Ritmo que o mundo consagrou / De Angola para cá, a rainha preta surgiu
Trazendo objetos de fé, no seu rebolado axé
Receitas para o Brasil, mães quituteiras / Pequena África no fundo do quintal
O cheiro do dendê me chama / Sou Vicentina e hoje é Carnaval
RUFA O TAMBOR NO TERREIRO
FESTA DO QUILOMBO N’DANDALUNDA VEM SAMBAR
NO GINGUELÊ NO BALANÇO DEIXA A BAIANA GIRAR
ÁGUA DE CHEIRO PARA FESTEJAR
De geração em geração / O samba é amor e resistência
De Donga a Ismael, Pixinguinha a Noel / Tia Ciata, Tica Bum, Carmen Miranda
A voz do morro não se cala / Nos versos do sambista e do jongueiro
Sou Juramento, eu sou guerreiro / A força da senzala não se abala
No coco e baião, à luz da emoção / Se liga doutor, enfeitaram becos e vielas
É festa na favela, a Águia Vicentina chegou
EU SOU O SEMBA, O ELO DESSA RAIZ / MEU CORAÇÃO É QUEM DIZ FELICIDADE
NO DISTRAÍDO BRINQUEI, O REINO LUNDA ENCONTREI / SOU CRIA DA COMUNIDADE
Samba 4
Compositores: Zé Luis Macaco do Acarí, Marcos Caju, Helen Maria, Bileco do Cavaco, Dirran Moreno, Biel Bemol, Rogério Santos.
Batuque que veio de lá… / Rito de Ancestralidade
Mahamba originou o semba / Que se fez o samba na brasilidade
Instituiu, unificando as etnias / Guerreia contra a tirania
Lueji rompe a tradição / Juntou-se ao guerreiro Luba
Pra formar a aliança criando uma nova esperança!
Ô Ô FOI O NAVEGADOR, / SUA AMBIÇÃO TROUXE OS TOQUES DOS TUMBEIROS,
CANTOS DOS CANAVIAIS / SALVE PALMARES, O QUILOMBO BRASILEIRO!
Ao chegar à Bahia / Samba de roda, mães baianas quituteiras
Pequena África, Tia Ciata, tem batuque de terreiro
Pelo Telefone foi o samba pioneiro / Na Praça Onze fez escola pra sambar
Partido alto em sua filosofia / Divas dos rádios, nos teatros e salões
Samba exaltação de opinião / Versando contra a opressão
A batucada vai até o sol raiar / Bezerra da Silva, malandro em qualquer lugar!
Abram alas para o “Pega Distraído”, Vou Caciquear!
A VICENTE VOLTA AO TEMPO E VEM MOSTRAR
QUE O SAMBA NÃO MORRE NEM PODE PARAR
DO REINO DE LUNDA VEM A NOSSA HISTÓRIA
O JURAMENTO É O NOSSO QUILOMBOLA!
Samba 5
Compositores: Jorginho Moreira, Binho Araújo, Carlinhos Devagar, Kabeça do Táxi, Márcio Pança, Barata Benevenuto.
África dos nossos ancestrais / Umbigadas, rituais
Ecoa o som do tambor / Assim o “mahamba” começou
Na divisão o reino Lunda acabou / “Malungo” atravessa a calunga
“Malungo” quer respeito e liberdade / O preto quer humanidade
CHEGANDO EM PERNAMBUCO NO CANAVIAL
FAZIAM BATUQUE, PARA ESPANTAR O MAL
Na Bahia, “forros” caiam na kizomba / Sob as bençãos do Bonfim
Onde tem samba de roda, a batucada virou moda
Veio ao Rio de Janeiro / À Pequena África, da Pedra do Sal
O irmão do partido alto / Desce o morro, ganha asfalto
É rádio, cinema, televisão / “Deixa Falar” dos baluartes
Pagodes, marchinhas, o tom da arte! / Tudo começou na Praça XI
Donga “Pelo Telefone” avisou / E o samba eternizou
É PRETA MINHA CULTURA / PINTANDO UMA LINDA AQUARELA
SOU A VOZ DA FAVELA!
MEU POVO VEM CANTAR, A ÁGUIA VEM DO CÉU
CHEGOU “PRA” ENCANTAR, A VICENTINA FIEL
TRAZ LUNDA SEMBA EM FORMA DE CANÇÃO
A VERDE E BRANCO DO MEU CORAÇÃO
Compositores: Luiz Carlos D’Avenida, Joca Amaral, Fagundinho, Tadeuzinho, Ivan Bueno, Catoin da Colina, Lelei de Irajá, Carlinhos Ousadia.
Da África um grito de lamento ecoou / Seus filhos transportados em tumbeiros
Para o solo brasileiro / Escravizados na fazenda do sinhô
Mocambos espalhados nos palmares unidos pela força do amor
Tambores ressoando pelos ares / Quilombo que Zumbi fortificou
Da cana ao gingado em capoeira / Lunda Semba tradição nagô
Hamba rituais de oferendas / Mahamba traz o toque do agogô Ô Ô Ô
DOS ANCESTRAIS HÁ HERANÇA DA CULTURA / A PELE ESCURA MISCIGENAÇÃO
NA IGREJA O LOUVOR DE FELICIDADE / SINCRETISMO LIBERDADE NA MAIS PURA DEVOÇÃO
No morro há raiz e há história / Ninguém cala Nossa voz
Juramento é a memória / Resiste forte o samba porque / Agoniza, mas não morre
Rio de Janeiro / De bambas celeiro é o palco principal
Donga disse “Pelo Telefone” / Ismael e outros nomes
Consagrados pela rádio nacional / Abram alas Cacique e Boêmios de Irajá
Também Pega Distraído e o Bafo vão passar
LINDAS BAIANAS EM ESCOLAS NA AVENIDA / EXPLOSÃO DE RITMOS
VICENTE DE CARVALHO MINHA VIDA
Samba 8
Compositores: Gigi da Estiva, Eduardo Almeida, Prof. Tânia, Prof. Marli Jane, Wanderlei da Penha, Luis Alves, Alexandre Reis, Amaral Caneta, Cláudio Emiliano.
Mãe África / Danças e Rituais / Herança dos ancestrais
A tradição chegou / Da grande batalha então / Surgia Diogo Cão
Um Reino se acabou de vez / Lunda se divide em três
ATRAVESSAR A KALUNGA / QUANDO CHEGARAM AO BRASIL
SUOR DO NEGRO ECOOU RESPEITO / PRETO QUER PAZ, NÃO PRECONCEITO
Em Pernambuco ou na Bahia / Tem batucada noite e dia
É o fim da senzala / Essa voz que não se cala
O samba virou canção / No rádio e na televisão
No Rio de Janeiro… Nego batuqueiro / Onde cresceu a nata
Na casa da Tia Ciata / Viveu na Pedra do Sal (que legal)
A grande Estácio de Sá (Deixa Falar) / Da Praça Onze à Sapucaí
Pelo Telefone, Donga genial / Salve o samba… Viva o Carnaval
SENTE A BATUCADA VICENTINA / POIS O CARNAVAL É NOSSA VIDA
MINHA ESCOLA VEM / PRA LEVANTAR O SEU ASTRAL
É LUNDA SEMBA NOSSO VISUAL
Samba 9
Compositores: Vitor Sant’ana, Amaral, Betinho do Andaraí, Jotapê, Nego Léo.
Não hei de esquecer a história / Ficou na memória… o sangue, a luta e o suor
Me lembro de ver Jura no Juramento / A aprender com sua vó
De um tempo que o samba era semba / E cruzou um mar de lamento nos tumbeiros
O vento soprava tormentas / Mas não abalou meu povo guerreiro
Assim… semente ancestral se tornou raiz / A nossa herança
Em solo brasileiro, floresceu a esperança
CHEIRO DE DENDÊ, O ACARAJÉ / DA VICENTINA, NÃO EXISTE IGUAL
QUEM PROVA O TEMPERO, VIRA PARTIDEIRO / E FICA PRO BATUQUE NO QUINTAL
Onde o amor, então brotou ao som do violão / E germinou no ventre o fruto dessa união
No jeito, na ginga, no jongo / Menino cresceu… virou capoeira
Em meio aos prazeres da Serrinha / Encontrou paixão verdadeira
Na palma da mão, no toque do tambor / Meu pavilhão merece respeito
Na fé de Dandalunda / Vencer o preconceito
DE VERDE E BRANCO / MEU SAMBA VAI DESFILAR
POIS NADA PODE CALAR / A VOZ DO MORRO
É COMUNIDADE, GENTE AGUERRIDA / VICENTE DE CARVALHO NA AVENIDA
Samba 11
Compositores: Cosme Araújo, Franck William, Diogo Silva, Marquinho 10, Tinho Music, Claudio Vagareza, Mestre Dudu, JC Saraiva, João Vidal.
Quanta Saudade dessa herança ancestral / Da menina gingado divinal
Tem cheiro de dendê nesse partido / Bota amor no acarajé
Pro meu samba ter abrigo / Água de cheiro sobre o toque do tambor
Na lavagem, na ladeira eu vou. / Filha de santo, Dandalunda em devoção.
Partideiro não vacila firma na palma da mão
QUANDO UM “NEGO” VERSADOR TOCOU SEU CORAÇÃO
DEU A LUZ A MINHA ÁGUIA, MINHA DEVOÇÃO.
AO SOM DO CHORINHO CONQUISTOU MARIA
AMOR ETERNIZADO NO PRAZER DA SERRINHA
Senhora da sabedoria / A “voz” que regava a semente do samba
A germinar em poesia / Pra contar a nossa história
O orgulho da gente / “Jura” jurou que o samba nunca vai morrer!
E mesmo que agonize a de florescer / Mantendo acesa a chama que emana
Guardando sempre os versos de um bamba
Hoje o folião relembra Jongo e Lundu / Canta e dança evoca o ancestral
De verde e branco pra brincar o carnaval
CHAMA VICENTINA PRA VER SEU LEGADO / BRILHAR NA VICENTE DE CARVALHO
UM CANTO DE ALEGRIA E AMOR / NOSSA RAINHA QUE NOS ENSINOU
Samba 12
Compositores: Herval Neto, Wilson Júnior, Lucian Kastro, Kiko Feitosa, Leo Alves, Henrique Fernandes.
Navios tumbeiros atravessaram o mar, / Deixando as Terras Lundas para trás
Com reis e rainhas trancados no porão / Lamentos entoados pelas almas dos irmãos.
Bahia sagrada enviou, receitas e sangue guerreiro
“Pelo Telefone” anunciou a chegada do samba canção ao Rio de Janeiro
Pérolas Pretas, reluzentes, que Dandalunda escolheu, Ora Yê Yê O!
Mães de santo, quituteiras, partideiras, Pequena África, o mundo é seu!
ACARAJÉ NÃO TEM IGUAL! QUE CHEIRO BOM DE DENDÊ ANCESTRAL
ENTRA PRA RODA PROIBIDA CAPOEIRA, É SAMBA NO QUINTAL A NOITE INTEIRA
Terreiro de tia Ciata é a janela da favela, / Para o povo do asfalto entender
De onde vem aquela música tão bela / Da luta, suor e arte, de Otelo sofrer
Vó Margarida com o Bloco Distraídos vindo do cais
Com samba batido na palma da mão, partideiro malandro de pé no chão
Beth Carvalho, Dona Ivone e Quelé, tem pagode na Tamarineira,
Boemia que incendeia de Irajá a Madureira.
OH! ÁGUIA VERDE E BRANCA! SOU RAIZ QUE EMPRETECE O CARNAVAL
EXPLOSÃO DE RITMO, UMA SÓ EMOÇÃO, BEBO DA FONTE DO SAMBISTA ORIGINAL.
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