Confira o Cronograma do Desfile da Chatuba 2020

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GRES CHATUBA DE MESQUITA

ENREDO: AMAZÔNIA – JACUTINGAS A INSPIRAÇÃO, DA MINHA ALDEIA ECOA O GRITO PELA PRESERVAÇÃO

CARNAVALESCO: Alex Carvalho “Jesus”

CRONOGRAMA DO DESFILE

1º SETOR: O RENASCIMENTO ATRAVÉS DO RITUAL

Comissão de Frente

 

Coreógrafo da Comissão de Frente: Isaac Belfort

Ritual da Força Ancestral A abertura do desfile é uma invocação da força indígena. A Chatuba vai buscar no passado jacutinga de Mesquita forças e inspiração para lutar pelos nossos irmãos amazônicos de hoje para que o extermínio dos povos indígenas não se conclua. Nossa tribo pisa forte nesse chão pela preservação da floresta, seu povo e sua cultura.
Ala 01 Maldita Herança A primeira ala lembra a raiz da destruição. Colonizadores portugueses e espanhóis se embrenharam na Amazônia atrás de recursos naturais e da escravização dos povos indígenas. Mais de 500 anos depois, repetimos a postura de donos da terra em nome de um falso progresso que ceifa a riqueza e a diversidade o bioma mais importante do planeta.

2º SETOR: A FAUNA E A FLORA

Ala 02

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Que do Caos Nasça um Novo Amanhã Em meio ao desmate, é preciso ter esperanças em um novo dia. Dia esse no qual não teremos mais o medo de ver a floresta em cinzas. Para tal, trazemos as borboletas, que contam com quase duas mil espécies diferentes na Amazônia, e são símbolo da transformação, do renascimento. Que do casulo de resiliência e luta surja uma majestosa borboleta livre para voar.

 

Alegoria 01 Renascimento da Floresta A alegoria é a nossa idealização de Amazônia. Buscamos nela retratar a floresta que queremos e que o mundo precisa: preservada e verde. Alcançar essa regeneração do bioma só é possível se tomarmos a consciência de quem a Amazônia o planeta pode até sobreviver, nós, seres humanos, não.

 

Destaque de Chão 01 O Encanto que Emerge das Águas Nossa primeira destaque do chão é uma exaltação às águas amazônicas que formam a maior bacia hidrográfica do mundo. São mais de 7 mil quilômetros quadrados de encantos. Ela abre o segundo setor da escola que trata da riqueza natural da Amazônia.

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Ala 03 O Rio-Mar e seus Seres O Rio Amazonas é o 2º rio mais extenso do mundo. Ele nasce nos Andes peruanos e deságua no Oceano Atlântico em Tocantins, cruzando 7 países sul-americanos. Lar de mais de 3 mil espécies de peixes, berço de lendas e mistérios, fica fácil compreender porque o chamam de rio-mar com essa exuberância.
Ala 04 Vitória Régia Com um aspecto exuberante e ornamental, a Vitória Régia é nativa da região amazônica. Dotada de enormes folhas circulares, possui uma capacidade notável de flutuação que a torna símbolo da flora da Amazônia.
Destaque de chão 02

Pablo Araújo

A Força que Habita a Floresta A onça transmite força e majestosidade. Elas são amplamente conhecidas por serem excelentes predadores, por contarem com grande capacidade corporal para dominarem as presas e, devido a isto, simbolizam a força e a vitalidade.
Ala 05 (Baianas)

Diretora da Ala das Baianas: Elizângela Ferreira

Onças Nossas mãe baianas inspiraram-se no instinto maternal do maior felino das Américas. Tal qual baianas para o samba, a onça mãe sacrifica seu tempo para ter uma prole saudável e que seus filhos sejam capazes até darem os primeiros passos sozinhos.

 

Ala 06 (Crianças 1)

Diretoras da Ala das Crianças: Marlene e Rosângela

Araras Uma ninhada de araras invadem a Intendente Magalhães como símbolo da esperança da reprodução dessa ave tão ameaçada. Por serem de médio a grande porte e muito coloridas, são facilmente identificadas na natureza. Consequentemente, são mais facilmente caçadas.

 

Ala 07 (Passistas) Iara Para começar o setor que valoriza a cultura amazônica, exaltamos o folclore através de Iara, a Mãe D’água que com sua beleza fascinante e o seu mágico cantar enfeitiça os homens. Vivendo no Rio Amazonas, a sedutora tem, metade do corpo de uma bela sereia e longos cabelos azuis que penteia na beira do rio se olhando em seu espelho.

3º SETOR: RESISTÊNCIA CULTURAL

Destaques de chão 03 e 04 Cunhã Poranga dos bois A mulher indígena em sua força máxima é apresentada no Festival de Parintins que acontece no coração da Amazônia pela Cunhã Poranga, a mais bela da tribo. Por conta de sua garra e determinação, ela lidera o seu núcleo na arena do Bumbódromo. Nossas duas destaques vem representando as cunhãs do Caprichoso e Garantido liderando a galera que vem a seguir.

 

Ala 08 Galera do boi A Galera do boi é a massa humana que se forma nas arquibancadas do Bumbódromo local onde acontece essa importantíssima celebração da cultura amazônica durante a apresentação dos bois de pano. Em uma coreografia uníssona, a torcida se torna um elemento de apoio ao espetáculo, dando estímulo à apresentação.

 

Ala 09 Carimbó O carimbó é uma das danças típicas da região amazônica. De origem indígena com influências da cultura negra e portuguesa, Em sua etimologia, “Cari” significa pau e “mbó” refere-se a oco ou furado, em todo traduz pau oco que produz som. Essa dança de tanta alegria cor e ritmo tem em sua essência a resistência.
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Renato Madureira e Anna Beatriz Arruda

Nossa Senhora de Nazaré e Romeiro A devoção à Senhora de Nazaré foi levada para Belém do Pará pelos padres Jesuítas há mais de 200 anos e se tornou a maior festa católica do mundo dedicada à Mãe de Jesus. Celebrada desde 1793, conta atualmente com mais de duas milhões de pessoas participantes a cada ano, em uma demonstração do quão grande é a fé do povo amazônico.

 

Ala 10: (Bateria)

Mestre da Bateria: Rogério Amanhã

Rainha de Bateria: Rayane Gabrielle

Romaria para Nossa Senhora de Nazaré Romaria é uma peregrinação religiosa feita por um grupo de pessoas a uma igreja ou local considerado santo. No Círio de Nazaré, o romeiro carrega consigo dores e angústias de um povo que sofre, porém agradece e se enfeita com cores e flores à Nossa Senhora de Nazaré.

4º SETOR: O POVO SE MANIFESTA

Ala 11 + Tripé Protesto O povo se manifesta, abraça a causa e levanta a bandeira. O último setor da escola homenageia os povos indígenas, principais prejudicados com o desmatamento da Amazônia. Por isso, trazemos um grande protesto que faz ecoar um só grito de alerta para o mundo inteiro: salve a floresta, a cultura, a arte e a fé que existe e resiste na Amazônia.
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Lucas Rodrigues e Julie Reis

A União das Forças Todas as tribos, raças e culturas se unem para dar voz a esta causa que não se faz importante somente para quem vive na Amazônia, mas, sim para todo o nosso planeta. A Chatuba ergue seu pavilhão e coloca o cocar que traz a força necessária.
Ala 12 (Crianças 2)

Diretoras da Ala das Crianças: Marlene e Rosângela

Esperança Futura Deixamos para as gerações futuras o legado e a responsabilidade de cuidar e amar de tudo que é nosso para que possamos ao cuidar do presente almejar um futuro onde a devastação e a dor sejam somente lembranças ruins de um passado que nunca se repetirá.
Ala 13 (Velha Guarda)

Diretora: Gessy

Sabedoria Indígena Terminamos o desfile com a importância de cuidarmos do nosso futuro, no entanto, sem esquecer da sabedoria ancestral que nos ensina quais erros do passado não podem ser repetidos. Olhar para o futuro é também olhar para o passado, por isso, sigamos o exemplo de quem mais que a gente.

Figurinos – @alexcarvalhob

Modelos – @araujopablout @pamelacarvald @belfortisaac @paulafermakeup

Fotógrafos – Marcele Viana e Paulo Aragon (@pauloaragonn)

Maquiagem- @paulafermakeup

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

A Amazônia é um dos patrimônios mais valiosos de toda a humanidade e também a maior reserva natural do globo terrestre. Com mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, o bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental, hídrico e climático do nosso mundo. Contudo, uma série de dados oficiais de desmatamento da Amazônia, compilados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que os alertas preliminares de áreas com sinais de devastação na floresta vêm sendo confirmados e ultrapassados ano a ano.

De agosto de 2018 a julho de 2019, os alertas do Inpe indicaram o desmatamento de 6,8 mil quilômetros quadrados, quase 9 campos do Maracanã. No entanto, os três relatórios dos períodos anteriores revelaram taxas de desmate maiores que o alertado pelo Instituto. Em outras palavras, destruímos a Amazônia mais rápido do que somos capazes de calcular o impacto negativo da humanidade sobre a floresta.

Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências e do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é autor de um estudo que aponta a tendência da floresta Amazônica se tornar savana caso o desmatamento supere 20% da área. Em fevereiro de 2018, a área desmatada era de 17%, mais de 130 campos de futebol. Com a destruição contínua do bioma, a exploração predatória da floresta e as queimadas, num futuro próximo teremos mais vegetação gramínea do que o emaranhado de troncos e copas que fazem o planeta respirar.

Entretanto, é bom lembrar: sem a Amazônia, o planeta pode até sobreviver. Ele está aqui antes dela e já passou por diferentes eras. Mas, nós não. Preservar a maior floresta do planeta é preservar a vida humana.

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