O GRES Rosa de Ouro orgulhosamente apresenta como tema para o Carnaval de 2026, uma homenagem ao grande Candeia, um dos maiores nomes do samba e defensor incansável da cultura afro-brasileira e do carnaval autêntico.
Enredo 2026 – “Deixe-me ir: Rosa de Ouro canta Candeia: A Luz que Iluminou o Samba!”
🎭 Apresentação
No compasso firme do tamborim e no lamento do partido-alto, o Rosa de Ouro exalta um dos mais autênticos poetas do samba: Candeia, o guerreiro da palavra e da raiz. Nascido na alma suburbana de Oswaldo Cruz, cresceu entre terreiros, batucadas e versos. Foi policial, foi ferido, mas nunca se calou – seguiu cantando com o coração e escrevendo com a alma.
Esse enredo é uma homenagem aos seus 90 anos, um cortejo de reverência à sua trajetória, às suas letras combativas e poéticas, ao seu amor incondicional pela negritude, pela cultura popular e pelo carnaval verdadeiro. É o samba dizendo, em alto e bom som: Candeia vive!
“Nasce a Luz no Subúrbio”
O desfile se abre em clima de devoção e ancestralidade. O nascimento de Antônio Candeia Filho é celebrado com cores quentes, tambores de jongo, e as bênçãos dos orixás. Os becos de Oswaldo Cruz ganham vida com o batuque das rodas de samba, embalando o menino que já carregava no olhar o brilho da resistência.
Mãe Menininha do Gantois em alegoria, simbolizando a força da espiritualidade afro-brasileira que guiaria Candeia.
“Na Palma da Mão: O Samba é Lei”
O jovem Candeia se torna policial do povo de dia e sambista das madrugadas. Vemos o surgimento do compositor genial, parceiro de grandes mestres. O samba corre em suas veias – mas é nas letras que ele crava sua verdade.
“Samba agoniza, mas não morre…”
“A Dor que Virou Bandeira”
Ferido em uma abordagem policial, Candeia perde o movimento das pernas, mas jamais perde a alma. Surge o poeta ainda mais aguerrido, que da cadeira de rodas cria sambas cheios de força e reflexão. Sua dor vira poesia e o sofrimento o transforma, sua cadeira de Rodas é o Trono que fez de Candeia um Rei. Sua casa, convertida em templo do samba, um verdadeiro Quilombo da Resistência.”
Neste momento, exaltamos a criação da Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, fundada por Candeia para preservar a essência afro do carnaval. Um grito contra o embranquecimento e a mercantilização do samba. Um manifesto por respeito, identidade e ancestralidade.
“Candeia é Semente”
O legado de Candeia floresce nos jovens compositores, nos sambistas da periferia, nos blocos de rua, nos terreiros e em cada verso que clama por dignidade. É o samba em sua forma mais pura, ecoando nas avenidas e corações.
Candeia é chama que nunca se apaga.
Fez do samba seu país
Candeia, tua voz é clarão
Rosa de Ouro te exalta na imensidão!
Catia Calixto e Déo Carlos

