O G. R. E. S. Balanço do Fonseca, que desfila em Niterói, divulgou a sinopse do seu enredo “Pelas estradas da vida a magia cigana”, do Carnavalesco Renato Rosa, para o Carnaval de 2018.
Os compositores interessados em participar da disputa de samba da escola deverão entregar o áudio do samba pelo WhatsApp 21 97168-7241 com os nomes dos compositores da parceria até o dia 16/09. Valor da premiação: R$ 1.500,00.
Grêmio Recreativo Escola de Samba Balanço do Fonseca
Carnaval 2018
Enredo: PELAS ESTRADAS DA VIDA
A MAGIA CIGANA
Sinopse:
Ciganos, “filhos do vento”, povo forte, resistente a todos os tipos de preconceitos e injustiças, povo mágico, sempre alegre, encantam através de seus costumes.
Provavelmente os ciganos surgiram do Norte da Índia, não existem muitos relatos escritos sobre a origem desse povo, apenas teorias e histórias que foram passadas de geração em geração, dizem que no século XI um sultão Persa Mahamoud Ghazni invadiu e dominou o norte desse país, obrigando uma casta de “caldeireiros e músicos” a abandonar suas terras. De lá, seguiram para novos territórios, utilizando suas habilidades de comerciantes para facilitar sua caminhada, como viajantes e peregrinos. Levavam só o que podiam carregar, através de malas e baús que eram transportados por carroças, objetos que serviriam de trocas, por outros objetos, comidas e iguarias por onde passavam, levavam apenas o que precisassem quando levantavam acampamento.
Com peles escuras, muitos filhos, uma língua indecifrável e origem desconhecida, sofreram todo o tipo de perseguições. Mulheres passaram a “ler as mãos”, jogar cartas, prever o futuro, enquanto os homens negociavam e traziam alimentos e dinheiro para as suas famílias.
Na Europa foram perseguidos durante séculos e escravizados durante anos, expulsos de várias terras, muitos foram exterminados em campo de concentração pelos Nazistas. E até hoje sofrem diversas formas de segregação, causando grandes sofrimentos ao povo cigano.
Em 1574, no Brasil, os ciganos chegaram como segregados, açoitados sob o reinado de D. Sebastião que desejava se livrar da inundação de gente tão ociosa e prejudicial por sua vida e costumes.
Posteriormente mais ciganos chegaram com a família real Portuguesa, ourives, músicos, dançarinas, feiticeiras, negociantes e artistas. Assim passaram a difundir seus conhecimentos e costumes.
Os ciganos possuem identidades divididas mundialmente em três etnias: Rom, Calon e Sinti, cada uma com dialeto diferente um dos outros.
Os Sintis se estabeleceram na Alemanha, Itália e França, os Calons em Portugal e Espanha, os Rons na Europa centro ocidental.
Os ciganos são nômades, possuem espírito livre, não pertencem a um único lugar, são amantes da liberdade.
A sociedade cigana é patriarcal, quanto a casa, o homem cigano é o responsável pelo lar. A comunidade cigana sempre se organiza em torno do homem, um líder, nomeado por mérito como Barô, mas o conhecimento é passado pelas Babas, ciganas mais velhas do clã, aquelas que todos a respeitam pelo seu conhecimento.
Os ciganos falam através do olhar, onde desvendam passados, presentes e futuros. Olhos misteriosos e fascinantes.
Nas festas ciganas em volta da fogueira não pode faltar guitarras, violinos, pandeiros, castanholas… Entre outros instrumentos musicais, que são acompanhados por palmas de mãos, pés e corpos dançando com suas roupas coloridas e com muita bebida e comida sobre a luz da lua cheia.
Fies aos quatro elementos da natureza, respeitam todas as energias que vem da terra e o que a representa para o Seu povo.
A Santa Sara Kali, peço proteção para apresentar nessa avenida a alegria, a lealdade, orgulho, os costumes e a cultura tão rica desse povo.
Que a nossa escola levante a bandeira cigana, saia em caravana da nossa comunidade e monte um verdadeiro festejo cigano nesse carnaval.
Optchá!
Carnavalesco Renato Rosa
Um comentário