Escola: G. R. E. S. Em Cima da Hora
Enredo: NA ROTA DAS ESPECIARIAS: O LEVA E TRAZ DE CHEIROS, AS SURPRESAS DA NOVA TERRA
Carnavalescos: Raphael Torres e Alexandre Rangel
Data, Local e Ordem de Desfile: Grupo de Acesso B (3ª divisão), 6ª Escola de 09/02/2016, terça-feira, Estrada Intendente Magalhães, Campinho/RJ.
Samba:
Compositores: André Kaballa, Thiago Meiners, Cláudio Mattos, Rafael Tubino, Gilson Souza, Valdair, Botafogo, Lorraine Messias, Igor Vianna, Victor Alves e Niu Souza
Intérprete: Niu Souza
Letra:
Ser imortal / O sonho da eterna vida / A fé, a esperança de um dia retornar
O Faraó em seu ritual sagrado / Do segredo revelado / Na Arábia a procurar
Seguiram pela rota do Oriente / Para o comércio prosperar
Cruzar o mar… Um oceano / Desconhecido, irreal
Um rumo incerto… Nas Índias, o destino / Em busca do caminho ideal
Os portugueses enfim se lançaram / Nas águas bravias da imaginação
Numa viagem de medo e luta / Nas ondas, mareia o meu coração
Então… Um cenário se descortinou / Um novo mundo, a vida em flor
Um paraíso surreal / De Cavalcanti, renasce a esperança / Meu pavilhão é imortal
Eu sou um aventureiro / Em Cima da Hora, amor verdadeiro
Um sonho nasce assim, numa aventura sem fim / Mostrar meu samba pro mundo inteiro
Sinopse:
Crenças e costumes
O Egito antigo construiu uma sociedade extremamente religiosa que determinou práticas culturais e sociais, sendo uma delas a crença na imortalidade.
Acreditava-se que, após a morte, a alma comparecia ao tribunal do deus Osíris para o julgamento pelos seus atos em vida. Inocentada, a alma poderia voltar a ocupar seu corpo se o mesmo tivesse condições de recebê-la. Para isso, o corpo precisava ser embalsamado com especiarias perfumadas e bandagens de linho branco, o que para os antigos egípcios era um ritual sagrado.
Assim, os faraós tinham a esperança de que os espíritos voltassem para retomar seus corpos e terem a vida eterna após a morte.
A saga no Oriente
As especiarias do Oriente eram valiosas, estavam longe e demoravam para chegar às mesas ocidentais. Por séculos, os árabes haviam sido os donos absolutos desse comércio, mantendo segredo sobre suas rotas.
A partir do século XII, Veneza foi entrando no cenário mercantil com Gênova. Com boa estratégia comercial e grande apreço ao luxo, aos poucos estabeleceu parceria com os árabes. Os países europeus que quisessem comprar especiarias tinham que recorrer aos comerciantes italianos, que possuíam o monopólio desses produtos.
No século XV, aquele ir e vir de mercadores tornou-se difícil, pois os turcos otomanos tinham fechado as rotas comerciais. No mar, complicaram a vida dos árabes afundando seus navios, e estes perderam, de vez, o domínio do Mediterrâneo fazendo com que novas rotas fossem descobertas.
Quando se tratava de mares desconhecidos era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Os portugueses tinham uma frota embicada para o Atlântico e conhecimentos náuticos suficientes para empreitada rumo ao Oriente.
Em busca dos tesouros
As riquezas do Oriente cintilavam nos sonhos europeus. Numa das maiores aventuras empreendidas na era moderna, os portugueses se lançaram aos mares abrindo caminhos até elas. Riquezas significavam as mais desejadas especiarias – indispensáveis para conservar os alimentos – e ainda marfim, escravos, ouro, pedras preciosas, sedas, pau-brasil e outros bens apreciados pelos ocidentais. Costeando a África alcançariam a Índia, marco da saga que se desenrolaria pelos mares, onde terras seriam descobertas.
As viagens pelo Atlântico fariam do século XVI a fabulosa era dos descobrimentos, com a revelação de um extenso continente revestido de florestas, gente nua e avermelhada integrada às matas e aos bichos e outras incríveis surpresas que enriqueceriam os portugueses.
Desenvolvimento, pesquisa e texto: Raphael Torres e Alexandre Rangel