Escola: G. R. E. S. Unidos da Vila Kennedy
Enredo: A VILA KENNEDY NA FEIRA DESSA GENTE FESTEIRA… AFINAL SÃO 70 ANOS DE TRADIÇÕES NORDESTINAS
Carnavalesco: Cláudio Fontes
Presidente: Eraldo Theodoro
Data, Local e Ordem de Desfile: Grupo de Acesso C, 3ª Escola de 08/02/2016, segunda-feira, Estrada Intendente Magalhães, Campinho/RJ.
Samba:
Compositores: Jorginho Medeiros, Flavinho Ribeiro, Rodrigo Medeiros, J. Ricardo, Pestana, Vavá, Tunicão, Adalberto, Carlinhos da Chácara, Miolo e Flavinho Bento
Intérpretes: Manguinho e Flavinho
Letra:
Da terra do sol abrasante / Sou retirante não me canso de lutar
Do pau de arara sou o bravo viajante / E na bagagem sonhos a realizar
Venci o medo pra colher felicidade / Nessa cidade maravilhosa
Encontrei um relicário de recordações / Até Gonzaga o rei do Baião
Eternizado eu vi no pavilhão / Puxe o fole sanfoneiro nesse arraiá
Tem zabumba, arrasta pé até o dia clarear
Chegue pra ver, vem conhecer / Feijão de corda e caranguejo com dendê
Eu quero ver você provar / Pinga da boa e rapadura pra adoçar
Simbora seu moço / O sertanejo nunca perde a fé / Faz a prece em romaria
ÓH ‘Padim Cico’ daí-me o pão de cada dia / Olé ‘muiê’ rendeira,
Do artesanato do folclore vou falar / Em poesia de cordel / Eu te ensino a sambar
Ao som das cantorias / Festa Junina, Xaxado e forró
Parabéns pode aplaudir 70 anos de história / Hoje a feira é aqui
Toda nossa emoção, veio lá do sertão / Eu sou cabra da peste
A Vila Kennedy vai te levar / De São Cristóvão à história do nordeste
*Observação: Obrigado a amiga Denise Silva por ter mandado a letra do samba da Vila Kennedy!
Sinopse:
Introdução
É com imenso orgulho que o GRES Unidos de Vila Kennedy, apresenta para o carnaval 2016 uma homenagem aos bravos migrantes, que mesmo em face às dificuldades da vida, souberam compensar, com muita alegria em suas festividades. Firmado sob as bênçãos de São Cristóvão á tradicional Feira Nordestina.
Hoje nossa comunidade vem festejar Junto com essa gente festeira, e comemorar na avenida os 70 anos de muitas boas histórias e tradições.
Exaltando a importância cultural que os Nordestinos têm para nossa cidade; Uma vez que o Centro de tradições é o maior “ponto” de encontro desta gente “arretada” em terras cariocas. Um verdadeiro pedacinho do nordeste no Rio De Janeiro.
Como se fosse debaixo de uma frondosa mangueira, um “pé de cajueiro” ou mesmo um solitário juazeiro, em um típico “forro pé de serra”. É assim que os bravos nordestinos, moradores do Rio de Janeiro, revivem seus sonhos e matam saudades de sua terra natal. Homens e mulheres que chegam a cidade grande, deixaram seu torrão, e com eles carregam muitas recordações.
… Há cada caminhada pelas ruas desse grande pavilhão de emoção; é o mundo que se aproxima do real. É a Paraíba, a Bahia, o Maranhão, o Ceará, As Alagoas, o Piauí, o Rio Grande do Norte, o Sergipe e o Pernambuco. É nesse ambiente que desvendamos a arte e a sabedoria popular; um pouquinho de cada lugar trazido na bagagem da memória de cada” cabra da peste” que se orgulha da sua historia e origem.
… Seguimos na historia que nos levou do tabuleiro ao pavilhão; Por Coincidência ou não o bairro que acolhe a feira de Tradições chama-se São Cristóvão. Santo católico “Protetor dos viajantes” e padroeiro dos motoristas. Muitos nordestinos que migraram para nossa cidade é um “viajante” em busca do el dourado Carioca.
E por falar em crença,”eita!” povo de muita fé. Carrancas para afastar maus espíritos, fitas coloridas com o nome do santo protetor e muito axé para quem é de axé! E uma das suas maiores devoção está a fé no Padre Cicero Romão Batista, popularmente conhecido como “Padim Ciço” e em sua homenagem foi criado na Feira até um museu.
…LITERATURA POPULAR: Abro meu coração para Literatura de Cordel; que em pedaços de papel, escrito sem destino certo, acabam fazendo milagres onde quer que cheguem. Verdadeiros poemas de forma rimada assim é nossa literatura popular.
…ARTESANATO: Utiliza vários materiais oriundos da flora e fauna nativa, que encanta á todos por sua originalidade como os bonecos de fantoche mamulengos, as obras do grande artesão o mestre Vitalino, com suas figuras de animais e outros personagens típicos da cultura e do folclore.
Entre rendas e bordados vou curtindo com esse povo animado.
Entre outros objetos em barro, madeira, palha, couro, os nordestinos retratam o seu valor.
…CULINÁRIA: Hummm… Que cheirinho bom, “Venha cá! Não se avexe” (chama o feirante). Venha provar das nossas comidas típicas. Tem: Vatapá, caruru, carne de sol, bobó de camarão, baião de dois, tapioca, milho, queijo coalho, feijão de corda, e muito mais.
Como sobremesa, doces deliciosos, temos: rapadura, goiabada cascão, paçoca, pé de moleque, quindim, curau de milho e outras delicias. É de dar água na boca!!!!
Para culinária de casa temos: manteiga de garrafa, azeite de dendê, pimenta e outros artefatos.
Mais não são só as comidas que fazem sucesso por aqui. As bebidas também tem seu destaque como a cachaça que também é conhecida como pinga, caipirinha entre outras, mais queremos destacar aqui um representante exclusivo dos nordestinos o guaraná Jesus.
… MÚSICA: Ao som do triangulo, zabumba e sanfona, eu me divirto “bichim!” Bastam as primeiras batidas para o “mulherio” sacudir o quadril e tomar o salão. É forrozão minha gente. Salve Gonzagão, o rei do baião!! Uma explosão de ritmos vai surgindo: coco, xaxado, samba de roda, xote, axé, frevo, boi-bumba e outros.
Vou seguindo nesse arrasta pé; é carnaval, e com meu manto vermelho e branco vou sambando na folia com muita empolgação junto com o “bloco a vaca foi pro brejo” todos juntos na avenida do povão, é a Intendente Magalhães transbordando de alegria, que se transformou… Hoje, a feira é aqui!!!
Extra! Extra! Agita o Jornaleiro, é Festa na Feira!,é Festa na Folia!, saiu no “Jornal da Feira” e no “O Nordestino” que o GRES Unidos de Vila Kennedy vai brilhar neste carnaval, e está na Feira dessa gente festeira para comemoramos juntos os seus 70 anos. Parabéns, a essa grande Feira, a mais Nordestina do Rio de Janeiro.
Claudio Fontes, Carnavalesco