G. R. B. C. C. R. RAÍZES DA TIJUCA
Presidente: Sebastião Pinto Gonçalves
Quadra: Rua Potengi, s/nº, Tijuca, Rio de Janeiro
CARNAVAL 2017
ENREDO: “NUM CENÁRIO DE TÃO LINDO MATIZ, MARIA AUGUSTA FAZ O RAÍZES FELIZ.”
Carnavalesco: Pedro Nobre
Essa é a história de uma menina aquariana, muito mística, nascida em Campos dos Goytacazes, filha de Xangô com Iansã, que ainda menina veio para a cidade do Rio de Janeiro com a família e que desde muito cedo já mostrava seu interesse e admirava as festas populares.
Aluna da escola de Belas Artes, logo demonstrou sua sensibilidade, competência e grande habilidade ao lidar belissimamente com as cores. Dotada de extrema sutileza no domínio do gosto popular, de encantamento e leveza. Destacou-se entre outras alunas do grupo do qual faziam parte na época nomes que viriam a se tornar importantes figuras do carnaval carioca. Isso a tornou em pouco tempo o “isquindim” do seu grande mestre, nada mais, nada menos que Fernando Pamplona, “o deus de todos os carnavalescos” e que percebendo seus talentos, então a convidou para participar diretamente de sua equipe, que naquele momento era responsável pela execução do carnaval da Acadêmicos do Salgueiro.
Ao adentrar para o grupo, foi também notada por outro dos maiores gênios do nosso carnaval, o mais requintado carnavalesco e artista plástico de todos os tempos, Arlindo Rodrigues, que foi juntamente com Fernando Pamplona durante muitos anos responsável por grandes eventos carnavalescos na cidade do Rio de Janeiro, assim como a decoração de carnaval das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Decoravam também o Teatro Municipal e o Copacabana Palace para os eventos de Momo. Arlindo, notando a extrema facilidade dela em matizar figurinos, adereços e alegorias, a traz para trabalhar consigo.
Foi assim que a jovem Maria Augusta, que já gostava de carnaval desde criança, se envolveu cada vez mais e esteve ao lado de alguns dos maiores mestres do Carnaval.
Participou dos seguintes carnavais da Acadêmicos do Salgueiro: em 1969, “Bahia de todos os deuses”, inclusive, vestindo pela primeira vez numa escola de samba uma fantasia de orixá, na escolha de samba enredo.
Em 1971, “Festa para um Reio Negro”, o famosos “pega no ganzê, pega no ganzá”. Em 1974 foi o enredo “Rei de França na Ilha da Assombração”.
Foi carnavalesca junto com Joãozinho Trinta, em 1973, com o enredo” Eneida, Amos e Fantasia”, também no Salgueiro.
Atuou como carnavalesca fazendo carnavais inesquecíveis com simplicidade e bom gosto nas seguintes Escolas: União da Ilha em 1977, com o enredo “Domingo”, um dos mais famosos do Carnaval Carioca; Em 1978, trouxe outro ótimo enredo, “O Amanhã”, na mesma agremiação. Em 1983, foi carnavalesca da escola Paraíso do Tuiuti, com o enredo “Vamos falar de amor”. Em 1985, participou do carnaval executado por Edmundo Braga e Paulinho Espírito Santo com e enredo “Anos Trinta, Vento Sul Vargas”, sendo responsável pelas fantasias da Diretoria da Escola. Em 1986, foi carnavalesca da Escola Tradição, com o enredo, “Rei Sinhô, Rei Zumbi, Rei Nagô”. Em 1993 foi carnavalesca da escola Beija-Flor de Nilópolis com o enredo “Uni-duni-te a Beija-Flor escolheu você”.
Pelo vasto conhecimento, simpatia, importância e tudo que representava no mundo do samba, se tornou comentarista da TV Globo nos desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial e de Acesso, como também jurada do Estandarte de Ouro, do Jornal O Globo.
Há muitos anos é madrinha da bateria “Sinfonia do Samba”, do G. R. E. S. Império Serrano.
Maria Augusta é muito querida pela sua Escola de origem, a Acadêmicos do Salgueiro, assim como, por todo o mundo do samba de um modo geral.
Por tudo isso e muito mais, o G. R. B. C. C. R. Raízes da Tijuca tem a honra de homenagear essa querida artista que se tornou referência no Carnaval Carioca.
Salve Fada Maria!
Boa sorte, Raízes da Tijuca! Que Deus ilumine a todos,
Pedro Nobre