Esquentando os tamborins
Salve, salve pessoal… Inauguramos neste espaço tão importante de divulgação do carnaval carioca praticamente desprezado pelas grandes mídias uma coluna sobre os blocos de enredo.
Antes de tudo, apresento-me. Quem escreve é Júlio Cesar Ferreira. Recentemente, defendi minha tese de doutorado abordando os blocos de enredo, seu lugar e seus significados na configuração do carnaval carioca. Atualmente, estou como Diretor Cultural da Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro (FBCERJ). Fundada em 26 de setembro de 1965, é a mais antiga liga em atividade do carnaval carioca.
Mas, afinal, do que falaremos? Aqui, o assunto será os blocos de enredo. Mas, afinal, o que eles são? Pois é… Parece que é fácil responder, mas não é não… E isto se deve a nossa necessidade de classificar, compartimentar tudo. Algo que está fora das “caixinhas” é tido como estranho, errado, desviante…
Geralmente, nossas classificações relativas às manifestações carnavalescas apontam que elas revelam essencialmente aspectos externos, geralmente relativos aos desfiles realizados, minimizando elementos significativos que emergem em seu contexto social.
Então, mais que protótipos, modelos simplificados ou simulacros de escolas de samba ou blocos que não respeitam a tradição dos autênticos blocos do carnaval carioca, ao longo das edições desta coluna vamos passear por uma manifestação carnavalesca que se encontra organizada há mais de meio século na FBCERJ, sem contar os blocos filiados e que são mais antigos, como o Bloco do Barriga, Canários das Laranjeiras e Cometas do Bispo.
Os blocos de enredo estão aí e por aqui também irão desfilar!