Coreógrafos da Intendente
Nome: Arthur Rozas
Profissão: Diretor Artístico, Coreógrafo, Ator, Cantor e Dançarino
Idade: 33 anos
Escola do Coração: Beija-Flor de Nilópolis
1. Como você descobriu a dança?
Descobri a dança dentro da igreja, foi lá que tudo começou.
2. Conte-nos a sua trajetória no Carnaval?
O samba está nas veias, minha mãe foi passista e esse amor eu trago no peito. Comecei em 2008, como bailarino da Comissão de Frente da Unidos do Porto da Pedra e durante 10 anos segui como componente em Comissões sendo que nos últimos três além de bailarino comecei a coreografar.
3. Como surgiu este amor pela comissão de frente?
Lembro-me desde muito pequeno lá na minha cidade (Resende-RJ) eu colocar o relógio para despertar de uma em uma hora durante os desfiles, ou seja, eu assistia uma comissão, dormia, acordava para ver a próxima, sempre fui encantado por este quesito.
4. Quem é o teu ídolo na função de coreógrafo da comissão de frente?
Marcelo Misailidis. Ele é um gênio! Grandes coreógrafos do carnaval carioca foram bailarinos ou trabalharam com Marcelo. Humilde, educado, inteligente, é impossível conviver com Marcelo e não ser transformado a cada ensaio, ele transborda arte.
5. Uma Comissão de frente inesquecível.
2016, O Marquês de Sapucaí da Beija-Flor, onde tive a honra de dar vida ao personagem título do projeto, um marco na minha carreira artística.
6. As comissões de frente perderam a sua função primordial que é apresentar a escola? Você prefere a comissão tradicional ou a moderna?
Não acho que perderam até porque uma das exigências do quesito continua sendo essa, só que agora a abordagem é feita de outra forma. Eu prefiro o meio termo. Os exageros tem feito muitos projetos perderem a mão só que fazer algo no formato tradicional não é tão bem recebido pelo público e julgadores. É um ponto bastante importante a ser avaliado e discutido.
7. Você pretende coreografar mais escolas em 2020?
Pretendo sim. Em breve já haverão as definições e inicio os trabalhos.
8. Quem integra a sua Comissão e quando começarão os ensaios?
Depende. No Rio eu tenho um grupo base de amigos que fazem parte do meu time, todos bailarinos e bailarinas profissionais e quando o projeto exige algum perfil específico ou alguém da minha equipe não pode fazer o projeto daquele ano, eu faço novos convites. Em São Paulo selecionei o elenco através de audições. O início dos novos projetos devem ser a partir do mês de agosto/setembro.
9. Fale-nos da(s) sua(s) Comissão(ões) de 2019?
Em 2019 foram dois desafios. No Rio de Janeiro no GRES Em Cima da Hora a Comissão trouxe à cena uma trupe de jogadores de futebol que divertidamente bailavam no campo durante o momento de um pênalti, o campo de futebol feito com elásticos retratava o ambiente preferido do nosso homenageado, Orlando Batista. E em São Paulo, na tradicional Camisa Verde e Branco tive o prazer de encenar um dos maiores clássicos infantis da Disney, O REI LEÃO, onde toda a savana comemorava o nascimento do rei felino que era trazido e revelado na pedra do reino, um projeto lindo e muito desafiador. Dois trabalhos nos quais me dediquei plenamente e tive excelentes resultados.
10. Qual é o seu maior sonho?
Meu maior sonho costumo dizer que construo, vivo e realizo a cada dia que é ser respeitado e valorizado pelo meu trabalho enquanto artista, seja quando criador ou quando intérprete dentro das áreas que atuo.
11. Deixe-nos uma mensagem para a galera que acompanha o Carnaval da Intendente.
Meu recado é para pedir que possamos continuar sendo resistência! O samba é forte braço da nossa cultura e não podemos deixá-lo morrer. Sigamos levando arte, cultura e alegria. VAMOS BOTAR NOSSO BLOCO NA RUA!
Muito obrigado Arthur Rozas pela participação.