CLUBE CARNAVALESCO ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA FLOR DA MINA DO ANDARAÍ
O meu coração é Flor da Mina do Andaraí / Nosso pavilhão pode balançar / Mas nunca vai cair
Fundação: 12/12/1962 (56 anos)
Cores: Verde, Vermelho e Branco
Símbolo(s): Uma Rosa com uma Coroa em Cima
Escola Madrinha: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro
Santo Padroeiro: São Sebastião
Bairro: Andaraí
Sede/Quadra: Rua Leopoldo, 938, Andaraí, Rio de Janeiro, RJ
Barracão: Campinho, Rio de Janeiro, RJ
Presidente Administrativo: Raimundo Neto “Cebola”
Vice-Presidente Administrativo:
Presidente de Honra: Nivaldo Dias “Passarinho”
Presidente do Conselho Deliberativo: Leandro Azevedo
Tesoureira:
1º Secretário da Presidência: Fernando Pinto
Diretor Cultural: Fábio Carvalho
Diretor Social: Fábio Batista
Embaixador da Flor: Pedrinho da Flor
Carnaval 2020
Grupo: Especial
Ordem de Desfile: 11ª Escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, dia 24/02/2020, na Estrada Intendente Magalhães, Campinho, RJ
Enredo: “O CLAMOR DE MANDELA”
Logo: Divulgada
Sinopse: Divulgada
Carnavalesco: Fábio Henriques
Diretores de Carnaval: Ransey Ribeiro e Marcelo Chaves
Diretor de Barracão:
Diretora de Harmonia: Luciana Corrêa
Chefe de Ateliê: Ronaldo da Silveira
1º Casal de MS e PB: Matheus Silva e Tamires Ribeiro
2º Casal de MS e PB:
Coreógrafa da Comissão de Frente: Hayane Larissa
Coordenador da Ala de Passistas: Carlos Júnior “Juninho Show”
Musa da Ala dos Passistas: Gabby Oliveira
Diretora da Ala das Baianas: Dona Norma
Diretora da Ala das Crianças: Tia Sandra
Diretor da Velha Guarda: Mário da Ponte Vasconcelos
Presidente da Ala de Compositores:
Diretora do Departamento Feminino: Tia Branca
Bateria: Atrevida
Diretores de Bateria: Mestres Gegê Ferreira e Marcos Osório
Outros Diretores da Bateria: Mariana Rodrigues (Chocalho)
Rainha de Bateria: Joyce Elias
Princesa: Nadyara da Gama
Musa(s): Sá Morena (Ala dos Passistas), Victória Teixeira, Ana Carol Silva e Bianca
Diretor de Comunicação: Fernando Pinto
Comunicador Oficial/Divulgação: Marcelo Pacífico
Assessoria de Imprensa:
Autores do Samba-Enredo: Pedrinho da Flor, Fionda, Fadico, Lequinho e Rildo Seixas
Intérprete: Niu Souza
Cantores de Apoio: Carlinhos Aniceto, Erivelto Silva e Marquinhos
Diretor do Carro de Som: Erivelto Silva
Samba-Enredo: Divulgado
Meu povo não sucumbiu a tanta maldade. / Glória de quem lutou por igualdade!
Soweto é gueto, força da favela. / A pele é negra, é sangue de Mandela
Ê Madiba! / És pétala retinta dessa Flor da Mina.
O guardião de punho e cabeça erguida / A luta do negro ainda não cessou.
Ê Madiba! / É Xhosa, guerrilheiro, é libertação.
O grito da Calunga contra a opressão.
O Tata do ideal republicano… / Herdeiro do trono sul-africano.
Prisioneiro da ganância, / Voz de toda humildade.
As grades não calaram ideais. / Onde trancam nossos corpos
Não algemam nossa mente. / Resistir: é não se entregar jamais.
O guardião da justiça… / Quiçá a voz de Xangô!
Candeia do povo, axé dos meus / A chama que vem de Deus!
Inquice contra o feitor. / É liberdade!
Quizomba no meu terreiro. / Enfim o negro desfaz o seu cafuá
E aqui o fim da segregação… / Quimera a solução surgir dessa gente nobre.
À espera de um Nelson que faça, então, / Valer a salvação dessa gente petra e pobre
História: O C. C. E. S. Flor da Mina do Andaraí é uma escola de samba da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
O Clube Recreativo Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí, surgiu no morro do Andaraí, grande Tijuca, na década de 60, quando um grupo de amigos resolveu assumir a responsabilidade de retornar com a alegria que proporcionava a extinta Escola de Samba Floresta do Andaraí, no período de Carnaval, escola esta, fundada na década de 30, que participou inúmeras vezes nos desfiles oficiais do então Estado da Guanabara, tendo sido Vice-Campeã nos carnavais, 1941 e 1946.
A Floresta do Andaraí, deixou de participar dos desfiles oficiais na década de 50, ficando o complexo do Andaraí, sem participação carnavalesca oficial, sendo que a animação carnavalesca nesta época era por conta dos blocos de empolgação, surgindo assim, a necessidade da criação de uma agremiação que ocupasse esta lacuna, sendo realizada nesta época a primeira reunião, que aconteceu embaixo de uma pedra existente até os nossos dias, no final da Rua Leopoldo, lugar onde brota uma mina de águas cristalinas, este grupo compareceu a uma segunda reunião na casa do Odilom, que tinha em seu jardim, uma roseira que brotavam flores na cor rosa, ocasião em que foram definidas as cores da agremiação que nascia, Verde e Rosa, era o dia 12 de dezembro de 1962, dia que marca como Fundação Oficial do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Flor da Mina do Andaraí. Nesta reunião participaram os seguintes moradores, que passaram a ser sócios fundadores: Arthur Fernandes Dias, Armindo Pereira da Fonseca, Avelino dos Santos, Adailton de Souza, Antônio Benjamin da Silva, Carlos Luis do Nascimento, Carlos de Soiza, Djalma Rodrigues, Elcio da Penha Basílio, Eliezer Farias, Ely Martins, Francisco Inácio, Fernando Souza, Henrique Dias Barbosa, Joel Ferreira, José Aniceto, Joaquim Fernandes Rodrigues, Jorge Reis Simonim, João Lopes, José de Souza Raposo, Liogere de Souza, Luis Inácio, Manoel da Silva, Nivaldo Dias “Passarinho”, Natalino Oliva, Oswaldo Ferreira dos Santos, Otacílio Aniceto, Paulo Candido dos Santos, Pedro Ferreira, Pedro Paulo Ferreira de Almeida, Pedro de Abreu Maciel, Raul Soares dos Reis, Roberto Gomes Basílio, Roberto de Souza, Sylvio Valle Helt, Wanderlei José da Silva e Otacílio Dias.
Após o registro como pessoa jurídica, foi obtido o registro no C.N.P.J. nº: 27.298.496/0001-88, foi providenciado a sua inscrição na Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro, iniciando sua trajetória vitoriosa nos desfiles de Blocos de Enredo, sendo consagrada campeã nos seguintes carnavais: 1972 – Sonho de um Bandeirante (Grupo 2); 1983 – Rubiácea Robusta (Grupo 1); 1985 – Pancetti o Pintor das Marinhas (Grupo 1); 1989 – Trabalho só Segunda Feira (Grupo 1); 1990 – Abenção Mãe África (Grupo 1).
Em 1992 surgiu a necessidade do engrandecimento de nossas tradições, já que havíamos nos tornado, um celeiro de talentos e estrelas do universo do samba, a partir desta constatação, um grupo de sambistas locais, liderados por Candinho de Abreu e Carlinhos Melodias, apresentam proposição em assembléia do dia 29 de julho, para transformação do Bloco em Escola de Samba, já que os Blocos haviam perdido sua importância na mídia e consequentemente estavam sendo afastada da grande passarela do samba que dava cada vez mais espaço para as escolas de samba organizar seus desfiles, a proposta então foi aprovada por aclamação, garantindo a nossa continuidade na revelação de novos talentos. Nascia então o Clube Carnavalesco Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí, tendo como fundadores: Candinho de Abreu, Carlinhos Melodia, Mario da Ponte, Clovis Costha, Betinha, Jurema Batista, Zacarias, Aranha da Flor, Docão, Jurema Vieira, Feijão, Vera, Mario Bandeira, Beto Careca, Ari Sargento, Dona Lourdes, Raul, Dilton, Davi da Flor, Jorge Luis de Souza, Lea, Carla Cunha, Luizinho veneno e Paulo César de Assis, Beto Capim, Enéas.
A Flor da Mina filiou-se à AESCRJ em 29/07/1992 e teve sua primeira participação como Escola de Samba nos desfiles oficiais em 1993, sagrando-se campeã do Grupo de Acesso (5ª divisão), com o enredo “Alô, Alô Seu Garcia: De Conversa em Conversa, Desce outra Garçom”.
O sucesso veio novamente em 1995, sendo campeã da 4ª divisão, com o enredo “Verde e Rosa, Por que não?“
No entanto, a ascensão meteórica da escola de Andaraí seria interrompida. Em maio de 1996, o fundador Carlinhos Melodia deixou a escola retornando à Lins Imperial, passando a presidência à José Augusto Rello da Silva, homem de confiança de Miro Garcia.
O falecimento do Presidente da escola Rello da Silva em 1997, causou uma grande comoção, forçando a escola a interromper suas participações nos desfiles oficiais. A Flor da Mina manteve suas atividades restritas à comunidade do Andaraí, sendo administrada por integrantes da própria comunidade.
Felizmente, após várias tentativas de se formar uma diretoria, em meados de 2002 aconteceu o retorno de seu fundador Carlinhos Melodia à agremiação, que logo conseguiu trazer pessoas que garantiram o retorno da escola aos desfiles oficiais, o que aconteceu logo no carnaval de 2003, voltando a ser reintegrada à AESCRJ, desfilando pelo Grupo equivalente à 6ª divisão.
O sucesso alcançado foi além das expectativas, sagrando campeã logo no 1º desfile após o seu retorno ao carnaval, com nota máxima em todos os quesitos. A escola apresentou o enredo “São Gonçalo Visita São Sebastião e Conta Sua História”.
Grande sinal de que a Escola estava no caminho certo foi o desfile de 2004, alcançando o bicampeonato e o 4º título como escola de samba sob a direção de Carlinhos Melodia, também conquistando a pontuação máxima em todos os quesitos, no enredo “O Carnaval Ganhou Mais Vida Com a Influência Africana Através do Salgueiro”.
O ano de 2005 marcou a grande vitória da escola, pois, ao desfilar pelo Grupo C da AESCRJ, sagrou-se Vice-Campeã, conquistando o direito de retornar ao palco máximo do Carnaval Carioca. Contando a história do bairro onde a escola nasceu e homenageando o grande empresário dos transportes que vinha acolhendo a agremiação, o Sr. Jacob Barata, pela sua importância no desenvolvimento sócio-econômico do bairro.
No carnaval seguinte, a Flor da Mina era aguardada com ansiedade no Sambódromo e recebeu força total da família Barata e, também, de vários empresários que não mediram esforços para manterem a escola na Marquês de Sapucaí. Com o enredo “O Direito de Ir e Vir. Da Aldeia do Andira-Y, da Cadeirinha ao Metrô, Eu Também Vou…”, de autoria de Eurico Galhardi e a Rosane Barata, a escola obteve a 8ª colocação permanecendo no Grupo de Acesso B (3ª divisão).
Em 2007, a escola ficou na última colocação descendo para o Grupo C (4ª divisão).
Em 2008, a Flor da Mina foi desfilar na Estrada Intendente Magalhães e contou uma história inédita no carnaval, a ideologia do negro na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro. Para confeccionar seu carnaval, a escola contratou o experiente carnavalesco Rodrigo Sampaio que em parceria com Diângelo Fernandes conquistou a 4ª colocação.
Em 2009, a escola aproveitou seu melhor momento em termos de organização, e, ao contar o enredo: “Eu Era Feliz e Não Sabia…” sobre a influência da infância nas brincadeiras adultas, conquistou o Vice-Campeonato do Grupo C (4ª divisão), e, consequentemente, o direito de retornar ao carnaval da Marquês de Sapucaí.
Em 2010, a escola contou o enredo “Vela” ficando apenas na 12ª posição do Grupo B, sendo assim rebaixada à 4ª divisão.
Em 2011, a escola viu o moral cair após o rebaixamento. Acostumada com títulos em sequência fez um desfile irreconhecível e terminou na 15ª posição, sendo rebaixada à 5ª divisão.
Em 2012, a Flor da Mina homenageou a ex-baluarte da Mangueira Dona Zica. A escola abriu à noite de desfiles, mas teve graves problemas e só conseguiu iniciar seu desfile com mais de 10 min de cronômetro rolando. Com a alegoria inacabada, com bateria sem fantasias e sem ala de baianas, última colocada foi novamente rebaixada.
No dia 31 de outubro de 2012 ocorreu um incêndio na zona portuária que destruiu o barracão da Flor da Mina. É óbvio que um incêndio destas proporções tão próximo do carnaval causa arrepios em qualquer um que tenha ligação com a escola. Não se falava, mas as chances de realizar um desfile bonito acabavam ali. A fantasia da bateria, que prometia ser um dos destaques, não foi mais do que uma calça branca, uma camisa do enredo e um chapéu. Era nítido o desapontamento.
Entretanto foi surpreendente. Quem esperava um desfile triste e sem emoção, viu justamente o contrário. As fantasias eram muito simples, pois tudo havia sido queimado, mas o carro alegórico e a diretoria foram muito aplaudidas, tirando lágrimas de alguns integrantes da velha guarda, que eram os mais empolgados. O mestre de bateria Alex ainda conseguiu impor um ritmo gostoso à bateria “Atrevida”, que sacudiu quem compareceu à Intendente Magalhães na terça-feira de carnaval. Porém, o resultado mais um rebaixamento agora para o Grupo 1 da Federação de Blocos de Enredos em 2014.
A escola não desfilou em 2014.
A Flor da Mina retornou ao Carnaval em 2015 no Grupo D, sendo a 10ª colocada.
Em 2016, a escola foi campeã da Série D apresentando o enredo “A Flor da Mina se Veste nas 7 Cores do Arco-Íris para Oxumarê Passar”, do Carnavalesco Clóvis Costha.
A agremiação foi campeã 5 vezes desfilando como Bloco de Enredo em: 1972, 1983, 1985, 1989 e 1990 e 5 vezes campeã como Escola de Samba em: 1993, 1995, 2003, 2004 e 2016.
Para o carnaval de 2019 a Flor da Mina do Andaraí uniu-se a Unidos das Vargens, originando a Undos da Flor da Mina e desfilará na Série C.
Fonte(s): Samba na Intendente e Wikipédia
http://flordaminadoandarai.no.comunidades.net/historia-da-flor-da-mina
Ficha Técnica de 2018: https://sambanaintendente.blog/2017/07/02/serie-d-flor-da-mina-14a/
Ficha Técnica de 2019: https://sambanaintendente.blog/2018/09/29/carnaval-2019-serie-e-flor-da-mina-do-andarai/