ASSOCIAÇÃO RECREATIVISTA ESCOLA DE SAMBA VIZINHA FALADEIRA

Fundação: 10/12/1932 (91 anos)
Cores: Azul, Vermelho e Branco
Símbolo(s): Sereia
Escola Madrinha: G. R. E. S. União da Ilha do Governador
Santos Padroeiros: São Jorge e Cosme e Damião
Bairro: Santo Cristo
Sede/Quadra: Rua Nabuco de Freitas, 19, Santo Cristo, Rio de Janeiro, RJ
Barracão: Rua da Gamboa, 345, Santo Cristo, Rio de Janeiro, RJ
Presidente Administrativo: David dos Santos
Vice-Presidente: Carlos Teixeira Sampaio Neto “Carlos Cocó”
Presidente de Honra: Márcio Ribeiro
Diretor Financeiro:
Diretor Social: Fernando Zulu
Diretor Institucional: Luiz Cláudio Pereira
Diretor Operacional: Fernando Oliveira “Boneco”
Diretor de Marketing: Wilton Médici

Carnaval 2024
Grupo: Série Prata da Superliga
Ordem de Desfile: 8ª Escola a desfilar na Terça-Feira de Carnaval, dia 13/02/2024, na Estrada Intendente Magalhães, Campinho, RJ
Enredo: “O CAIS DA RESISTÊNCIA”
Sinopse:
Autor do Enredo: André Tabuquine
Autores da Sinopse do Enredo: Maria Lídia Moraes e André Tabuquine
Carnavalesco: André Tabuquine
Diretor Artístico: Cléber Furtado
Cenógrafo: Cléber Furtado
Diretor de Carnaval: China do Estácio
Diretores de Harmonia: Fernando Araújo, Sérgio Lemos e Asprilla da Mangueira
Diretor de Barracão: Fábio Bocão
Diretor de Alegoria: Wagner Saude
Escultor: Rodrigo Bonan
1º Casal de MS e PB: Yuri Souza e Gislaine Lira
2º Casal de MS e PB: Cauan Silva e Karolliny Fernandes “Karol”
3º Casal de MS e PB: Daniel Lucas e Rayka Araújo
Coreógrafo da Comissão de Frente: Tony Tara
Coordenadores da Ala de Passistas: Roberta Paula de Lima, Dony Perfect e Helô Bitar
Coordenador da Ala das Baianas: Alexandre Federici
Presidente da Velha Guarda:
Presidente da Ala de Compositores:
Diretora do Departamento Feminino:
Bateria Ritmo Pioneiro
Mestre de Bateria: Renatinho do Batuque
Rainha de Bateria: Kamilla Carvalho
Rainha da Escola: Carolynna de Assis “Carol”
Coordenadora de Musas e Musos: Carolynna de Assis “Carol”
Musa(s): Danyelle Brito “Dany”, Krissia Santos
Muso(s): Helder Oliveira Imperador
Assessoria de Imprensa: Adriano Cornélio – Telefone: (21) 9 8761-9188
Diretor Musical: Léo Torres
Autores do Samba-Enredo: Rodolfo Caruso, Rodrigo Carvalho, Luiz Fernando, Miguel Beserra “Miguelzinho”, Osmar Nunes, Ricardo de Oliveira Cardoso Jr “Jr da Providência” e Orlando Professor
Intérpretes: Marcelinho e Enzo Belmonte
Cantor(es) de Apoio: Ti Carlos
Agô, ao pisar as pedras desse cais / Respeito! Aqui desembarcaram nossos ancestrais
Do ventre de um tumbeiro, povo banto em cativeiro / Era “peça” no mercado
“Preto Novo”, à flor da terra, a denúncia, o legado / Vergonha é eterna cicatriz
Verdade que se impõe à realeza / Não se curva à nobreza da imperatriz
Ê, malungo, firma o ponto no Ilê / Uma “lei para inglês ver” não entrega livramento
Ê, malungo, para a vida transformar / É preciso aquilombar o pensamento
Com a falsa liberdade / A dura realidade, do quilombo à favela
Pretos vindos de todos os cantos / Sua arte, seus encantos, a cultura é sentinela
Braço forte na estiva, capoeira tem axé / Lá na Casa de Ciata, samba, choro e candomblé
Ô, iyá! Ô, iyá! / Se os búzios estão vivos, oferenda é amalá
Kaô, meu pai, kaô! / Clama a Pioneira, a justiça de Xangô!
Deixa lavar! E livrar de todo mal / O Valongo é resistência, Patrimônio Mundial
Sou Vizinha Faladeira, guardiã desse lugar / Hoje o canto da Sereia tem o toque do alujá
História: O A. R. E. S. Vizinha Faladeira é uma escola de samba da Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro.
A Associação Recreativista Escola de Samba Vizinha Faladeira foi fundada na década de 20 e registrada em 10 de dezembro de 1932 por David da Silva Neves “David da América”. O nome da escola surgiu como uma espécie de ironia a duas moradoras da Rua da América, a “Velha França” e a “Velha do Beco”, conhecidas e afamadas faladeiras da vida alheia. Com as cores azul e branco do Esporte Clube Providência, a Vizinha revolucionaria o carnaval da década de 30, com seu pioneirismo, inovação e desafio de proporcionar o novo, o irreverente e o moderno carnaval carioca.
A Vizinha Faladeira participou pela primeira vez dos desfiles oficiais em 1934, com o enredo Malandro Regenerado. A escola trouxe à frente da agremiação 12 luxuosas limusines, com pessoas bem-vestidas, formando a comissão de frente. Gambiarras iluminavam a avenida. Trouxe também a primeira Porta-Bandeira negra do carnaval, a popular “Roxinha”, fazendo par com o Mestre-Sala “Miúdo”. Apesar de delirantemente aplaudida, tirou a 4ª colocação.
Nesse ano houve dois desfiles: um, no dia 28 de janeiro, no Campo de Santana, do qual a Mangueira foi campeã e, outro, no dia de carnaval, patrocinado pelo jornal A Hora, cujo concurso se previu para se realizar no Stadium Brasil, localizado na Esplanada do Castelo. A escola campeã seria a que obtivesse mais aplausos do público (aclamação). Acontece que a Mangueira rebelou-se contra essa forma de julgamento, não havendo concurso.
Sempre apresentando inovações em seus desfiles a Vizinha Faladeira, foi a primeira escola de samba a criar a figura do carnavalesco, alterou a forma dos estandartes, transformando em bandeira, iluminou o desfile e introduziu o surdo de resposta na bateria.
Em 1937 a escola foi campeã do carnaval oficial da cidade carioca, tendo a sua co-irmã Portela em segundo lugar.
Em 1939, por requerimento da “Vai Como Pode” (atual Portela), alegando enredo de origem estrangeira, a Vizinha Faladeira foi desclassificada com um belíssimo desfile que teve como tema: Branca de Neve e os Sete Anões.
No ano seguinte, a Vizinha se apresentou com o primeiro samba de protesto das escolas de samba, que dizia que a escola estava indo embora, mas que um dia voltaria para ocupar o seu lugar no carnaval. Com o enredo O Carnaval para o Povo, a escola no desfile na Praça Onze se desviou dos jurados, passando por traz dos mesmos, com uma faixa com os dizeres “DEVIDO ÁS MARMELADAS, ADEUS CARNAVAL! UM DIA VOLTAREMOS!”
Cinquenta anos depois de enrolar a bandeira, no dia 06 de janeiro de 1989 foi convocada uma assembleia geral e a Vizinha Faladeira estava de volta, conforme prometera. E logo na sua volta, a escola foi campeã do Grupo de Avaliação em 1990 com o enredo Clara Nunes.
Esse resgate da escola contou com um grupo de pessoas ilustres e de boa vontade, agregando os trabalhadores do porto e os moradores dos bairros da Saúde, Santo Cristo, Morro do Pinto, Providência, além de pessoas da Zona Sul, que começam a descobrir a escola.
A Vizinha Faladeira foi campeã do Grupo C em 1992 com o enredo Quem é do Mar Não Enjoa e novamente campeã em 2004 do Grupo B com o enredo A Bela Adormecida.
A escola encarou uma fase descendente que culminou na sua desclassificação como escola de samba. Em 2013, foi rebaixada do Grupo D a categoria de Blocos de Enredo.
A escola não desfilou em 2014.
Retornou ao carnaval, sendo Bicampeão em 2015 do Grupo D, com o enredo Aqui Onde Nada Tinha, Quem a esse Porto Vinha, Dava de Cara com a Vizinha! Agora no Novo Porto, e em 2016 do Grupo C, com o enredo Assim Caminha a Humanidade.
Em 2018, a escola terminou na 4ª colocação da Série B.
Fonte(s): Reprodução do site da AESCRJ, Samba Rio Carnaval e Samba na Intendente.
Ficha Técnica 2018:
Ficha Técnica 2019:
Ficha Técnica 2020:
Ficha Técnica 2022:

